Água para transformar vidas. Nas lavouras, é essencial para o crescimento das culturas. Na casa das famílias brasileiras, é um direito universal. Em Alagoas, na região do semiárido, os produtores rurais têm mais acesso à água, com a construção de cisternas. A iniciativa é uma parceria entre o Governo de Alagoas com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). 

O Programa de Cisternas do governo federal, que integra o Mais Água Alagoas, consegue fornecer acesso imediato à água potável, em quantidade e de qualidade, para famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social. Com a implementação das tecnologias, elas deixam de percorrer grandes distâncias para buscar água para beber, se alimentar, usar no cultivo agrícola e na criação de animais.

Foi o que aconteceu com o Cícero de Souza, morador da zona rural do município de Minador do Negrão. Ele comemorou a mudança de vida que chegou junto com a cisterna construída para sua família, que planta para subsistência. A água que chega ajuda a irrigar as plantações na sua propriedade.


“Agora a gente tem água de inverno a verão. Não falta água para mim depois dessa cisterna, que está sempre cheia. É um negócio bem feito pelo governo e só tenho a agradecer. É uma boa ajuda para poder produzir na lavoura, lavar prato, fazer comida, usar na casa. A gente tem outra vida”, revelou o beneficiário.

Entre 2012 e 2024, a construção de cisternas (1ª água, escolares e calçadão), tanques de pedras e barragens subterrâneas beneficiou cerca de 15 mil famílias em 40 municípios alagoanos, garantindo acesso à água e fortalecendo a resiliência hídrica. Com novos investimentos, esse número deve crescer ainda mais nos próximos anos, ampliando o impacto das tecnologias sociais no semiárido.

O governador Paulo Dantas, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, já garantiu a construção de mais de três mil novas cisternas, que vão levar segurança hídrica e, sobretudo, segurança alimentar e nutricional aos agricultores familiares alagoanos. Na primeira etapa, serão construídas 554 cisternas para uso doméstico (1ª água) nos municípios de Belo Monte (249), Piranhas (90), Campo Grande (270), Olho D’Água Grande (450) e Palmeira dos Índios (495), com investimento de mais de R$ 9 milhões, em recursos federais com contrapartida do governo estadual.

A segunda etapa do programa, com execução prevista para este primeiro semestre de 2025, terá investimento de mais de R$ 17 milhões com a construção de outras 1.875 cisternas, em 18 municípios do semiárido. Serão implementados equipamentos de 1ª água e 145 cisternas de 2ª água (para uso na agropecuária), que serão acompanhadas pelo serviço de acompanhamento familiar e fomento rural no valor de R$ 4.600,00. A execução dos convênios é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Seagri).

“É uma prioridade do Governo de Alagoas promover o acesso à água para os alagoanos. É um recurso essencial para a vida das famílias, ainda mais para aquelas que vivem nas zonas rurais dos municípios. Este momento é importante porque estamos retomando um programa que transforma a vida das pessoas. Esse é o compromisso do governador Paulo Dantas com os alagoanos que vem no semiárido do estado”, afirmou a secretária de Agricultura e Pecuária de Alagoas, Aline Rodrigues.

Água para quem mais precisa

As cisternas são tecnologias sociais que tem objetivo de ampliar o acesso à água para o autoconsumo e produção de alimentos. Elas podem ser de placas de 16 mil litros (de 1ª água) ou do tipo calçadão com placas de 52 mil litros (de 2ª água).


Os equipamentos servem como meios de coleta e armazenamento de água da chuva que, ao passar pelo sistema de filtragem, se torna própria para consumo humano, contribuindo para a segurança hídrica, especialmente durante períodos de escassez.


“Eu tomo água de açude, que não é tratada e é barrenta. Só estou esperando minha cisterna chegar, que vai ser em breve. E só tenho a agradecer ao governador Paulo Dantas. Vou ter minha cisterna para tomar água tratada, água boa. Vai fazer muita diferença na minha vida”, afirmou a beneficiária Rafaela dos Santos, da comunidade quilombola Tabacaria, do município de Palmeira dos Índios.

Após a assinatura dos contratos, ocorrido em outubro de 2024, o programa está em plena execução nas etapas de mobilização, seleção, cadastro e capacitação das famílias em gestão da água para consumo humano, pelas entidades contratadas.