Uma das mês envolvidas na troca de bebês ocorrida em um hospital de Arapiraca, Agreste Alagoano, usou as redes sociais, nesta quinta-feira (20), para rebater a negativa da unidade hospitalar, que afirmou que a troca não aconteceu na instituição.

Em vídeo, Débora Maria Ferreira Silva disse que tem provas de que o nascimento dos bebês aconteceu no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho e questionou se as crianças nasceram da rua.

"Como é que dizem que as crianças não nasceram lá? Pelo amor de Deus! eu e a outra mãe fomos parar no meio da rua? Isso não faz sentido […] se as crianças não nasceram lá, nasceram na rua?", questionou.

Débora também afirmou que não está buscando indenização. “A indenização para mim é o mínimo, até porque nunca passei fome. Nem eu nem as crianças”, completou.

No início desta semana, a Justiça determinou que o hospital apresente os registros biométricos e fotográficos dos recém-nascidos e das mães, da documentação sobre o parto e sobre internação das crianças..

A troca dos bebês aconteceu em 2022. Débora teve dois meninos, gêmeos, e um deles foi trocado pelo filho de outra mãe, que também teve bebê no mesmo hospital. Na época, o filho de Débora que foi trocado foi levado para receber cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional, para onde o filho da outra mãe também foi levado.

Como os meninos estavam na UTI, as mães não podiam ter contato constante. Quando os meninos receberam alta, as mães receberam os bebês uma da outra, mas como as crianças eram muito pequenas e elas tinham tido pouco contato, não suspeitaram de nada.

Dois anos depois, Débora recebeu uma foto de uma criança igual a um dos seus filho e se surpreendeu com a semelhança física que o menino tinha com seu filho gêmeo. Ela então procurou a família que estava com o menino.

Exames de DNA, realizados em comum acordo pelas duas famílias, constataram que os meninos eram irmãos gêmeos e que, de fato, o erro teria acontecido no Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho.

Débora e o marido entraram com processo por danos morais contra o hospital, cuja indenização solicitada é R$ 300 mil.