Creiam: a discussão interna existe, dentro do Tribunal (de faz) de Contas do Estado de Alagoas, aquele palácio de vidro da Fernandes Lima que custa mais de R$ 150 milhões ao contribuinte – para nada. 

A instituição é ignorada, com justiça, pela Assembleia Legislativa do Estado e pela Câmara de Vereadores de Maceió, que aprova contas de governador e prefeito sem nem ao menos saber o que pensam os “conselheiros” sem conselhos (que metem um medo danado nos prefeitos e vereadores de municípios pequenos).

Na verdade, o TC é um puxadinho do Legislativo e os donos do pedaço sabem disso. Só que muita gente que trabalha por lá - e que tem família e vida social - se incomoda em ser vista como inútil pelo entorno. 

E com razão.

Ao contrário dos conselheiros, muitos funcionários levam a sério o papel que têm de cumprir e sentem o contágio da visão que a sociedade tem – justificadamente – em relação ao (inútil) TC.

Eis que essas pessoas cobram dos conselheiros - com todo cuidado, é verdade - que encontrem algo para mostrar à população como fruto de trabalho e que possa mudar, ainda que minimamente, a imagem da “corte”. 

Tem gente, creiam, pensando nisso por lá.

Ora direis: - Mas é para repetir Lampedusa: mudar para ficar como está!

E eu vos direi: - Tendes razão, principalmente onde ela falta e nunca fez morada.

Em tempo

Alguns da turma mais bem aquinhoada, da que tem direito ao Auxílio Melhoral, já resolveram suas vidas: viraram empresários.

Afinal, a carne pode ser forte (como negócio).