O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio da 66ª Promotoria de Justiça de Urbanismo, se reuniu em uma reunião, realizada nesta quarta-feira (12), com representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan), da Secretaria Municipal de Ações Estratégicas e Integração Metropolitana (Semaemi) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para discutir o andamento do Plano Municipal de Mobilidade Urbana.
O promotor de Justiça Jorge Dória destacou que a implementação desse plano é essencial para melhorar a mobilidade na capital e evitar os transtornos atuais enfrentados pela população.
“Esse plano tem sido cobrado por nós há muito tempo. Agora, a discussão envolve diretamente os responsáveis pela elaboração do plano, que são o Iplan e a FGV. Sabemos que planos como esse são indispensáveis para melhorar a qualidade urbanística e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas”, ressaltou Dória. O plano também foi discutido sob a ótica do novo Plano Diretor, com destaque para as polêmicas envolvendo a construção de espigões no Litoral Norte de Maceió, um tema sensível à população.
O promotor ainda destacou a falta de planejamento adequado como o principal desafio para a mobilidade urbana na cidade, citando a ocupação irregular de áreas públicas e os problemas relacionados ao estacionamento, que têm afetado o trânsito local.
“O maior problema da mobilidade urbana na cidade de Maceió é a falta de planejamento e os espaços, de modo geral, adotados como estacionamentos. E ainda não há qualquer estudo sobre essa problemática, dificultada pela cultura local”, disse Dória.
Outro ponto abordado foi o tráfego de veículos de carga nas avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, áreas onde existe uma legislação que proíbe a circulação desses veículos no trecho entre o Makro/Tupan e a Praça do Centenário, das 6h às 20h, de segunda a sexta-feira, exceto aos feriados. No entanto, a medida não tem sido cumprida.
O promotor também alertou sobre a falta de acessibilidade nas calçadas e a necessidade de melhorar o uso das ciclovias e o incentivo a meios de transporte não motorizados.
Em resposta, representantes da FGV informaram que iniciaram um diálogo com diversos órgãos e setores para levantar um diagnóstico mais completo dos problemas de mobilidade urbana em Maceió. Eles também apontaram a desconexão entre o fluxo de trabalho na região da orla e o planejamento do trânsito naquela área, identificando isso como um problema significativo.
*Com Dicom MPAL