O deputado federal Marx Beltrão (PP) comemorou a aprovação na Câmara do projeto que institui a Política Nacional de Enfrentamento à Infecção pelo Papilomavírus Humano, o HPV. O texto segue para o Senado. O HPV é responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. É a principal causa do câncer de colo de útero, mas também está associada a outros tipos de cânceres, como na vulva, garganta, ânus, vagina e pênis.
“Semana passada anunciamos a conquista de R$ 43 milhões em investimentos para a saúde de Alagoas, dinheiro que já está na conta da Secretaria Estadual da Saúde e que certamente apoiará ações de combate ao câncer, reforçando o tratamento em alta complexidade. Agora trabalhamos, votamos e aprovamos na Câmara esta lei que combate uma das origens de vários tipos de câncer, que é a infecção pelo HPV. Este projeto vai proporcionar um imenso avanço na prevenção e no diagnóstico desta doença que tem cura, mas que precisa de detecção o mais rápido possível, medida que este projeto vai em muito fomentar”, destacou Marx.
A principal iniciativa preventiva inserida no projeto é a vacinação. Farão parte do diagnóstico: o exame físico, testes locais, colposcopia, citologia, biópsia, e testes sorológicos e moleculares. A política aprovada pela Câmara estabelece que deve ser ampliado o acesso da população à prevenção, o que inclui a vacinação, o diagnóstico e o tratamento. O tratamento poderá ser feito em ambulatórios ou em casa.
Atualmente, a vacina distribuída pelo SUS contempla meninas e meninos de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual, mulheres e homens até 45 anos que vivem com HIV, passaram por transplantes ou são pacientes oncológicos. O Ministério da Saúde tem ampliado o público com acesso à vacina na rede pública. O HPV também está frequentemente associado às verrugas na região genital e do ânus. A infecção, em geral, manifesta-se de 2 a 8 meses após o contato com o vírus, mas ele pode demorar até 20 anos para demonstrar sinais de infecção.
No Brasil, estima-se que mais de 16 mil novos casos de câncer do colo do útero ocorram anualmente, com uma taxa de mortalidade de 6,17 por 100 mil habitantes. Esses números sugerem que o câncer do colo do útero, sendo uma doença evitável, resulta na morte de uma mulher a cada 90 minutos. Triagens populacionais são fundamentais para a detecção precoce e o tratamento de lesões precursoras e do câncer em estágios iniciais.