A deputada federal, Erika Hilton ( PSOL/SP) é um nome de destaque na política nacional , com discursos convidativos, provocativos , assertivos.
Com profunda vocação política, sai do lugar comum, da sujeição patriarcal, tão padronizada, de norte a sul do país e, magistralmente e ocupa espaços robustos.
Nada do Lugar de Cale-se, proposto por Kehl, e ‘yes’ para a icônica composição de Chico.
-Pai, afasta de mim, esse Cálice!
Erika faz um bom uso do seu lugar de fala, com força, extremo conhecimento dos problemas do Brasil , elegância e muita gente, muita gente mesmo, do país todinho, tem conexão direta com seus posicionamentos.
Algumas vezes furacão, noutros tempestade, mas, substancialmente , a grande maioria do tempo, a parlamentar revoluciona a estrutura política exclusivista, reduto majoritariamente masculino, familiar,branco e cristão.
Em 2022 e 2023, Erika Hilton foi reconhecida como uma das "100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo" pela BBC.
Reconhecimento, merecidíssimo, afinal , a deputada é pura inspiração , com discurso eloquente, forte, interpretativo e ações que subvertem a monocromia de lugares pasteurizados.
Mais do que parlamentar, a moça ressignifica a potência do ativismo, desafiando silêncios sociais, com verdades e tecendo outras resistências contra o sistema androcêntrico, capitalista, racista e hegemônico.
Um corpo negro, uma mulher trans que tem orgulho de ser quem é.
Érika Hilton, bem que poderia ser candidata a presidenta da República Federativa do Brasil.
Por que, não?