A Polícia Civil de Alagoas deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), a operação PRODITIO, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que desviava grandes quantias de recursos de uma empresa do setor de construção civil. A ação foi coordenada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), sob a supervisão dos delegados Igor Diego e João Marcello, titular da Seção de Capturas.
Segundo as investigações, o esquema era liderado por um funcionário do setor financeiro da empresa, que manipulava folhas de pagamento falsas e adulterava registros contábeis para desviar os valores. O dinheiro desviado era utilizado na compra de veículos de luxo, reformas de imóveis e movimentado por meio de contas bancárias de familiares e terceiros.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e busca domiciliar. O principal suspeito, um homem de 41 anos, foi preso. A investigação revelou que o grupo movimentou grandes quantias de dinheiro, utilizando transferências fracionadas para dificultar a identificação dos desvios.
Além das prisões, foram apreendidos veículos de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos que auxiliarão na continuidade das investigações. O suspeito, que inicialmente começava a aparecer no trabalho com um Mercedes-Benz, alegou aos colegas que seus ganhos provinham de apostas esportivas, mas as investigações confirmaram que a versão era falsa e parte da estratégia para encobrir os crimes.
Contas bancárias vinculadas ao investigado e outros envolvidos foram bloqueadas pela Justiça. A Polícia Civil segue analisando os documentos e dispositivos apreendidos para rastrear os valores desviados e identificar outros integrantes do esquema. Novas diligências e possíveis prisões estão sendo avaliadas conforme o andamento das investigações.
O nome da operação, PRODITIO, faz referência ao comportamento do principal suspeito, que, apesar de ocupar uma posição de confiança no setor financeiro da empresa, traiu essa confiança e desviou os recursos de forma sistemática.
O delegado João Marcello destacou a sofisticação do esquema criminoso, que operava há anos sem ser detectado. “O esquema envolvia um alto grau de sofisticação e vinha lesando a empresa há anos. Com a deflagração da operação, conseguimos desarticular a organização criminosa e interromper o fluxo de recursos ilícitos. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos”, afirmou.
*Com Ascom PCAL