A Justiça alagoana manteve a prisão preventiva do ex-funcionário de uma construtora, preso durante a operação Proditio, deflagrada nesta quinta-feira (6), pela Polícia Civil, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), coordenada pelos delegados Igor Diego, coordenador da Dracco, e João Marcello, titular da Seção de Capturas.

O ex-funcionário é suspeito de desviar quantias milionárias da construtora, onde trabalhou por quatro anos. A prisão do homem, de 41 anos, foi mantida pela Justiça após audiência de custódia, nesta sexta-feira (7).

De acordo com investigações, o esquema era liderado por um colaborador do setor financeiro da empresa, que manipulava folhas de pagamento falsas e adulterava registros contábeis para desviar os valores. O dinheiro desviado era utilizado na compra de veículos de luxo, reformas de imóveis e movimentado por meio de contas bancárias de familiares e terceiros.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e busca domiciliar. O homem preso é apontado como o líder do esquema. A investigação revelou que o grupo movimentou grandes quantias de dinheiro, utilizando transferências fracionadas para dificultar a identificação dos desvios.

Além da prisão, foram apreendidos veículos de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos que auxiliarão na continuidade das investigações. O suspeito, que inicialmente começava a aparecer no trabalho com um Mercedes-Benz, alegou aos colegas que seus ganhos provinham de apostas esportivas, mas as investigações confirmaram que a versão era falsa e parte da estratégia para encobrir os crimes.

Contas bancárias vinculadas ao investigado e outros envolvidos foram bloqueadas pela Justiça. A Polícia Civil segue analisando os documentos e dispositivos apreendidos para rastrear os valores desviados e identificar outros integrantes do esquema. Novas diligências e possíveis prisões estão sendo avaliadas conforme o andamento das investigações.

O delegado João Marcello destacou a sofisticação do esquema criminoso, que operava há anos sem ser detectado. “O esquema envolvia um alto grau de sofisticação e vinha lesando a empresa há anos. Com a deflagração da operação, conseguimos desarticular a organização criminosa e interromper o fluxo de recursos ilícitos. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos”, afirmou.

O nome da operação, PRODITIO, faz referência ao comportamento do principal suspeito, que, apesar de ocupar uma posição de confiança no setor financeiro da empresa, traiu essa confiança e desviou os recursos de forma sistemática.