O réu Alexandro da Conceição Messias, acusado de feminicídio qualificado que resultou na morte de Nathalia Andrade de Melo, foi condenado nesta quinta-feira (6) a 27 anos, 11 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado. O julgamento ocorreu em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas, e o crime aconteceu em 29 de abril de 2022.

Ele matou a ex-companheira com 40 golpes de faca, sendo 12 deles no pescoço, duas na barriga e as demais em várias partes do corpo. Além disso, fotografou o corpo de Nathalia e compartilhou as imagens nas redes sociais, pelo Facebook, por onde a família tomou conhecimento do crime.

O motivo do crime seria o término do relacionamento e ele não aceitar que Nathalia teria voltado para o ex-namorado.

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), foi representado pelo promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho, que garantiu a sentença. 

“A sustentação do Ministério Público de que o crime foi praticado por motivo torpe, uso de meio cruel e execução que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e prática do crime em razão da condição do sexo feminino da vítima foi acatada pelo conselho de sentença sendo o réu condenado por todas as qualificadoras.”, informou. 

Ainda segundo o MP, a qualificadora do feminicídio foi utilizada para tipificação do delito e fixação da pena base, enquanto as qualificadoras relativas ao motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima foram utilizadas como agravantes.

O promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho explica as providências que já foram adotadas como forma de acolhimento às crianças filhas da vítima.

“Um caso estarrecedor, de uma brutalidade ímpar, contra uma mulher, tudo bem premeditado, sem contar que as três filhas dela, de seis, oito e dez anos, ficaram órfãs e traumatizadas para sempre e sem a presença da mãe. Elas ficarão sob cuidados de um tio e terão apoio de toda rede do Município, Creas, Conselho Tutelar, equipe multidisciplinar com psicólogos e assistentes sociais, tudo providenciado pelo Ministério Público”, ressalta o promotor.