Essa é a avaliação pragmática de pura matemática eleitoral. Porque Maceió foi a única capital nordestina onde Bolsonaro venceu Lula em 2022.
Eleitoralmente, o voto espontâneo que Arthur Lira (PP-AL) pode ganhar contra os Calheiros na capital ficaria sob risco, se virar ministro.
Além disso, o eleitor de direita e de extrema-direita bolsonarista votaria naturalmente em Arthur Lira contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Sendo ministro do governo Lula por cerca de um ano não compensa a provável perda de votos em Maceió.
Vale destacar que o ex-presidente Jair Bolsonaro nutre simpatia por Arthur e, magoado, poderia pedir votos contra o (ex) aliado, ou simplesmente não pedir.
Na sexta (31), véspera de deixar o trono, em entrevista a veículos do Sistema Globo, Arthur, talvez entendendo que não deve assumir - ou saltando do barco de Lula de 2026? -, criticou o governo, na visão de sites simpáticos a Lula.
"Lira faz ataque grosseiro ao governo Lula e insinua que 'barco está naufragando'", foi o título do Brasil 247.
"Ao comentar a tentativa do Planalto de atrelar a reforma ministerial ao apoio para as eleições de 2026, Lira disse que ninguém quer se associar a um governo enfraquecido", publicou o 247.
Leia abaixo outros trechos do Brasil 247, ou clique aqui e leia na íntegra.
- "O presidente da Câmara sugeriu que a troca de ministros não resolverá os problemas do governo e cobrou mudanças mais profundas, especialmente na economia e na relação com o Congresso. Lira ainda alfinetou a condução econômica da gestão petista e disse que o governo ganhou a 'fama de taxador', em referência às tentativas de aumentar a arrecadação."
- "Lira deixou claro que não considera a reforma ministerial suficiente para reverter o desgaste do governo. Segundo ele, o problema central não é a distribuição de cargos, mas sim a falta de credibilidade na economia e na articulação política."