O vereador e delegado Thiago Prado apresentou um projeto de lei para proibir a apologia ao crime organizado e ao tráfico de drogas em shows, eventos artísticos e culturais financiados com recursos públicos no município de Maceió.

 

A proposta tem como objetivo impedir que manifestações culturais promovam, direta ou indiretamente, a exaltação de atividades criminosas, garantindo que o dinheiro público seja utilizado de forma responsável e alinhada com as políticas de segurança e paz social.

 

A Lei Anti-Oruam estabelece que qualquer evento que receba recursos públicos, seja de forma direta ou indireta, estará sujeito a essa regra. “Não podemos permitir que, enquanto combatemos o crime organizado nas ruas, o poder público financie artistas que enaltecem essa realidade. Essa contradição precisa acabar”, destacou Thiago Prado.

 

O nome do projeto faz referência ao recente caso do rapper carioca Oruam, filho de Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP –apontado como um dos líderes do Comando Vermelho.

 

De acordo com o vereador, a apologia ao crime, especialmente em eventos de grande visibilidade, contribui para a banalização de práticas ilícitas que influencia negativamente crianças, adolescentes e jovens.

 

“O crime organizado e o tráfico de drogas são problemas graves que impactam diretamente a segurança da população maceioense. Permitir que eventos artísticos glorifiquem essas práticas usando recursos públicos vai contra os esforços das forças de segurança e da sociedade para combater a criminalidade”, afirma o vereador.

 

O projeto de lei segue para apreciação na Câmara Municipal de Maceió e, se aprovado, estabelecerá critérios mais rigorosos para a concessão de verbas públicas a eventos culturais.