A vontade da cúpula da Câmara dos Deputados é fazer de Arthur Lira (PP-AL) ministro de Agricultura no lugar do senador Carlos Fávaro (PSD-MT).

Essa articulação feita pelo futuro presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) junto ao PT, quer ainda Isnaldo Bulhões (MDB-AL) ministro da Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha (PT).

O problema é o PSD de Gilberto Kassab que não aceita as trocas porque não se interessa pelos ministérios ofertados em compensação, e rifar o senador geraria crise interna.

Mas eles precisam dar destaque a Arthur. O PT sabe que "deixá-lo no 'chão de fábrica' da Câmara sem um posto importante pode inflar a chama oposicionista no Congresso".

11 ministérios estão nas mãos de partidos como o União Brasil, PSD, MDB, Republicanos e PP. Tudo indica que dividir e mudar as peças de um órgão para outro irá desgostá-los.

E para não desagradar a turma com 'fome' por mais espaço, a saída é tirar ministérios dos partidos de esquerda, o que atinge o próprio PT.

As negociações serão intensificadas após o final de semana, quando finda quatro anos de Arthur presidente. Ele controlou os seu pares e emparedou(?) os governos Bolsonaro e Lula.