Um novo pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi protocolado na Câmara dos Deputados, acusando-o de praticar as chamadas “pedaladas fiscais” durante seu atual mandato. Entre os parlamentares que apoiam a iniciativa estão dois representantes de Alagoas: Alfredo Gaspar (União Brasil) e delegado Fábio Costa (Progressistas).

O requerimento alega a existência de irregularidades financeiras no governo atual, estabelecendo um paralelo com o pedido que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) é o responsável por coletar assinaturas desde outubro do ano passado para apresentar o pedido. 

Os denunciantes alegam que o governo estaria adotando manobras contábeis para ocultar as contas públicas, prejudicando a transparência e o equilíbrio fiscal.

No entanto, ao assinarem o pedido, os parlamentares podem ter comprometido sua participação em uma eventual votação sobre os crimes de responsabilidade atribuídos a Lula. Segundo o jurista Miguel Reale Júnior, coautor do processo de impeachment de Dilma Rousseff, essa situação reduziria as chances de afastamento do presidente.

Para que a solicitação de impeachment avance, ela dependerá, após ser protocolada, exclusivamente da decisão do novo presidente da Câmara, que será eleito por meio de votação assim que o recesso parlamentar terminar.