O que falta para o governo decolar na opinião do eleitorado é a promoção de boas marcas. Com essa ideia na cabeça, o novo chefe da Secom, Sidônio Palmeira, pede que cada ministério envie para ele quatro programas para ganhar as vitrines Brasil afora. Tudo se resolve com uma boa campanha de publicidade. É claro! Como e por que ninguém pensou nisso até agora? Em algumas semanas, veremos o resultado da investida.
A poeira do caso Pix vai baixando. Nessa história, o episódio foi tão superestimado que rapidamente bateu no teto da escandalização do nada. O natural é que a temperatura desabe após quase explodir tudo – ao menos na aparência. Após o vídeo de Nikolas Ferreira, uma gravação da deputada Erika Hilton foi capaz de reagir à altura. Para o governo, o drama é manter uma taxa de credibilidade em patamares competitivos.
A posse de Trump, com seu cardápio antidemocrático na largada do governo, jogou as luzes para o palco distante. Mas o Brasil se misturou à pauta americana com a contribuição ostensiva da tropa bolsonarista. Tem o lado comédia, mas os envolvidos levam tudo muito a sério. Por outras razões, devemos analisar a retórica com seriedade. A Internacional da Direita. A luta corre o mundo. Bolsonaro e aliados estão nessa.
Governo e oposição têm pontos fortes e pontos fracos na disputa pela hegemonia das ideias. Lula tem a máquina, o que à primeira vista parece uma tremenda vantagem. Mesmo assim, a percepção da maioria é de que o governo perde quase todas no embate com a oposição. O que seria uma força natural vai perdendo agilidade. O aparato estatal entra no ritmo do paquiderme. Sidônio Palmeira tenta salvar essa Comunicação falida.
A principal vantagem dos adversários é a elasticidade conceitual aplicada às noções de verdade e mentira. É mais ou menos como esses delegados da política alagoana que fabricam estatísticas para atacar o governo. Não é fácil encarar o vale-tudo, ainda mais agora nos domínios do metaverso. Como a campanha de 2026 está deflagrada, os marqueteiros atiram de olho no calendário. O perigo de errar é maior.