Enquanto o comércio varejista no Brasil registrou variação negativa de 0,4% em novembro de 2024 na comparação com o mês anterior, Alagoas contrariou a tendência nacional ao alcançar um crescimento de 0,8% no período. Esse resultado destaca o estado como um dos protagonistas do cenário econômico do país, em um momento de estabilidade para o setor em nível nacional.
De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgados pelo IBGE, o Brasil apresentou um acumulado positivo de 5,0% no ano, mas enfrentou queda em 17 unidades da federação na passagem de outubro para novembro. Entre os destaques negativos, estavam Rio de Janeiro (-5,7%), Paraíba (-4,3%) e Goiás (-2,7%). Já entre os estados que se sobressaíram positivamente, além de Alagoas, Espírito Santo (4,1%) e Acre (1,3%) chamaram atenção.
O varejo ampliado, que inclui atividades como Veículos, motos, partes e peças, e Material de construção, caiu 1,8% no país. A média móvel trimestral do varejo nacional, que já havia registrado 0,3% em outubro, também desacelerou para 0,2% no trimestre encerrado em novembro.
Setores em destaque
Mesmo com a estabilidade nacional, setores específicos apresentaram alta. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceram 3,5%, enquanto Combustíveis e lubrificantes subiram 1,5% e Tecidos, vestuário e calçados avançaram 1,4%.
“O resultado de novembro no Brasil reflete uma estabilidade pelo segundo mês consecutivo, mas o desempenho acumulado no ano, de 5,0%, é expressivo quando comparado aos anos anteriores”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
Vendas anuais crescem 4,7% no varejo nacional
Na comparação com novembro de 2023, o volume de vendas no varejo cresceu 4,7%, com cinco das oito atividades pesquisadas apresentando alta. Destaques incluem Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,2%), Tecidos, vestuário e calçados (8,0%) e Hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%).
Em relação ao varejo ampliado, a alta foi de 2,1% na comparação interanual, com destaque para Veículos e motos, partes e peças (4,5%) e Material de construção (3,2%).