A avaliação é de gente do meio e detentor de mandato que vê o distanciamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do prefeito de Maceió, JHC (PL), como bom para o parlamentar.

Porque hoje há uma possibilidade de aproximação entre Arthur e os Calheiros via seu antigo aliado, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB).

Como em 2026 o eleitor pode votar em dois senadores, se JHC optar por reeleger a sua mãe, Eudócia Caldas (PL-AL), ao Senado, Arthur Lira tende a receber votos de dois grupos políticos.

Segundo essa tese, se o presidente ficar com JHC o segundo voto do eleitor do prefeito será de Arthur, jamais de Renan Calheiros (MDB-AL) porque é adversário visível da família Caldas.

E quem vota por simpatia ou influência nos Calheiros, especialmente o eleitor do interior, também não daria o segundo voto para a mãe do atual principal adversário dos Calheiros.

Essa avaliação independe se o prefeito será ou não candidato ao governo ou ao Senado. Ela se baseia no fato dele ter laços sanguíneos com a senadora.

Ou seja, Arthur Lira aparece no meio, entre duas candidaturas ‘inimigas’, e pode se beneficiar dos dois lados.  

EM TEMPO - O distanciamento discreto entre Arthur Lira e JHC começou na eleição quando caberia ao deputado indicar o vice do prefeito, anteriormente combinado, o que ele não conseguiu. E agora, em 2025, também não conseguiu nomear o secretário de infraestrutura de Maceió (leia aqui).