O sargento da Polícia Militar, suspeito de matar a companheira em um dos quartos do Verde Hotel, na cidade de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, foi denunciado nesta quinta-feira (16) pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). 

Ele havia se entregado à polícia na Central de Flagrantes, em Maceió, e está preso desde 25 de dezembro de 2024. O crime ocorreu na noite de 20 de novembro de 2024.

Segundo o MPAL, inicialmente, o militar alegou que a morte de sua companheira teria sido um suicídio. No entanto, as investigações refutaram sua versão, o que levou a Polícia Civil a expedir um mandado de prisão contra o sargento. Com base nas evidências apresentadas, o promotor de Justiça Márcio Dória apresentou a denúncia, e o acusado está atualmente detido no Presídio Militar Major João Kyllderis Cardoso Moreira, em Maceió.

“A denúncia menciona que o laudo do Instituto de Criminalística descartou a possibilidade de suicídio ou acidente, uma vez que não havia arma no local, e as características do disparo não condiziam com uma autolesão. O laudo também indicou a ausência de marcas de sangue típicas de suicídio, como as gotículas projetadas para trás (backspatter). O documento concluiu que a morte foi violenta, provocada por um disparo de arma de fogo”, informou o MP.

Ainda de acordo com o órgão estadual, a acusação afirma que o sargento cometeu o feminicídio, previsto no Código Penal (art. 121-A, §1°, incisos I e II), em um contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher. 

O promotor Márcio Dória ressaltou que o laudo pericial confirmou que os disparos não foram feitos pela vítima, mas sim por um terceiro, o próprio suspeito. Ele também afirmou que o acusado deve ser submetido a julgamento para que a justiça seja feita.

“O Ministério Público busca a condenação do militar pelo feminicídio, com uma pena que pode alcançar até 40 anos de prisão, além de uma indenização mínima de 100 salários mínimos para a família da vítima. SS. e o suspeito mantinham um relacionamento amoroso, e a motivação do crime parece ter sido um ato de ciúmes. O sargento se entregou à Polícia na Central de Flagrantes, em Maceió, e está preso desde 25 de dezembro de 2024”, finaliza. 

*Com assessoria