O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), falou com a imprensa, nesta quarta-feira (15) durante o velório de seu pai, Benedito de Lira, que morreu ontem (14), no Hospital Arhur Ramos, em Maceió, local o qual estava internado em decorrência de um câncer.
Lira destacou o legado de seu pai, que dedicou quase 60 anos à política, e a profunda relação pessoal que ambos compartilhavam, muito além da esfera política.
“Nosso relacionamento com ele era muito mais do que apenas política, era uma parceria, com muitas dificuldades e muito trabalho. E hoje, nossa responsabilidade é agradecer a todos que vieram de diversas partes do Brasil prestar essa homenagem a ele. Amigos, senadores, cidadãos comuns, muitos dos quais ele ajudou ao longo de sua vida. Nossa obrigação é seguir o legado deixado por ele”, disse o presidente da Câmara.
Arthur também fez questão de enfatizar a dedicação e o caráter de seu pai, destacando o quanto Benedito trabalhou pela população de Alagoas, sem jamais buscar reconhecimento pessoal. “Ele nunca fez propaganda de si mesmo, sempre foi um guerreiro. E todo guerreiro tem seu tempo de descanso. Agora é hora de deixar o sofrimento de lado e estar com Deus. Estamos com a consciência tranquila, pois ele foi um homem público da melhor qualidade”.
O deputado federal também citou um dos princípios que orientaram a vida política de Benedito Lira: a preocupação com os mais humildes. “Ele sempre dizia: 'Se a política não for para melhorar a vida das pessoas mais humildes, ela não serve para nada'. Ele dizia isso quando eu ainda era novinho, muita gente que entrou na política repete essas palavras”, afirmou Arthur.
Ao longo de sua trajetória, Benedito Lira atuou como vereador, prefeito, presidente da Assembleia Legislativa, deputado federal, senador, e prefeito eleito de Barra de São Miguel por dois mandatos. “Ele fez muito bem por muita gente, e espero que Deus o trate com a merecida reverência de um homem de bem”, disse Arthur Lira, emocionado.
A despedida de Benedito de Lira foi marcada por uma lembrança tocante de seu filho, que relatou a última conversa com seu pai. “No dia 28, ainda internado, ele me perguntou: 'Que dia é hoje?' Eu disse que era o dia 28, e ele respondeu: 'Aposto, meu filho, que está tudo pronto para a posse'. Ele vivia inspirado, sempre trabalhando, e fez da política sua arte”, contou Arthur.
*Estagiária sob supervisão da editoria
Foto de capa: Laura Gomes