Fledsom Natome tem um nome diferenciado, imponente.
É um garoto de 13 anos, negro, com o olhar arguto para as coisas do mundo. Uma inteligência rara, que reinterpreta o entorno das coisas.
Conheci-o como tant@a estudantes, em um momento de Escuta Ativa , na escola municipal, na qual estuda.
Durante toda conversa ele ficou com os olhos bem abertos, prestando atenção, como espectador e ao mesmo tempo, tendo uma relação íntima com o tema.
A pauta do racismo na escola e o antirracismo atraiu o interesse de alun@s e as contribuições foram de extrema importância.
Fledson Natome tem suas próprias narrativas sobre o racismo e fala com uma coerência e sabedoria para além da idade.
O defensor público estadual, Isaac Souto, em conversas com o menino gostou da sua fluidez de interpretação..
É aluno de escola pública , tem um alto potencial no que diz respeito a reinterpretação do mundo , e essa característica é pouquíssimo valorizada, em alguns espaços sociais.
Gente que questiona demais torna-se um ‘problema’.
Como Fledson, menino, negro, periférico e lindo, há tant@s e muit@s adolescentes, na capital Maceió, que precisam de campo fértil , ambientes desafiadores que potencializem, suas capacidades intelectuais, acima da média.
Maceió precisa articular um espaço para valorização das altas capacidades juvenis, e juntar o Fledson e toda essa gente jovem, com elevada habilidade intelectual para uma conversa mais aproximada.
Ei, João Henrique, por que não?!