Todo mundo conhece Ricardo Mota como o jornalista afiado, aquele que traduz o cotidiano da política alagoana com precisão cirúrgica e palavras que cortam fundo. É impossível não associá-lo à sua escrita diária no blog, onde comenta, analisa e inquieta nossas consciências. Mas, neste início de 2025, somos surpreendidos por outra faceta desse cronista das verdades cotidianas: Ricardo nos presenteia com “Nós”, um álbum que vai além de melodias; é um reencontro com o essencial.

Em tempos em que a música, muitas vezes, se limita a subir, descer, quicar e ralar, “Nós” nos convida a parar. É um convite para uma pausa — uma pausa para ouvir, sentir e lembrar que, no meio do caos, a arte ainda pode ser um refúgio. E que refúgio Ricardo constrói para nós.

O álbum, que marca o retorno de Ricardo à música após anos, é uma obra que exala simplicidade e, ao mesmo tempo, profundidade. Cada faixa é cuidadosamente construída, como se ele estivesse nos contando histórias que sempre existiram, mas que só agora conseguimos ouvir. É a prova de que o tempo não enfraquece a arte; ao contrário, a amadurece.

O retorno de Ricardo Mota à música não é apenas um evento; é um gesto de generosidade. Ele nos lembra que, por mais que o tempo passe e as prioridades mudem, a arte permanece como um fio condutor de nossas vidas. E que privilégio é começar 2025 com esse presente — um álbum que já nasce clássico e, sem dúvida, estará ao nosso lado por muitos anos.

Obrigado, Ricardo, por nos mostrar que, mesmo depois de tantos anos, a arte ainda pode surpreender e emocionar.