O estado de Alagoas registrou 17.982 casos de dengue, 404 de chikungunya e 69 de zika vírus ao longo de 2024, totalizando 18.455 diagnósticos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Além disso, foram contabilizados 23 óbitos, sendo 20 relacionados à dengue e três à chikungunya, conforme o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Com a chegada do verão, época que favorece a proliferação do mosquito devido ao calor intenso e ao aumento de chuvas, a Sesau reforça a importância de medidas preventivas para evitar novos criadouros e a propagação dessas doenças.
O infectologista Renee Oliveira, chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infectocontagiosas, destaca ações essenciais para o controle do Aedes aegypti. “Eliminar criadouros, como recipientes que acumulam água, e adotar medidas de proteção, como uso de repelentes e telas em janelas, são atitudes fundamentais. A dengue, por exemplo, pode evoluir rapidamente para quadros graves e causar óbitos. É crucial que as pessoas reconheçam os sintomas, como febre alta e dores no corpo, e busquem atendimento médico para evitar complicações”, alertou.
Vacinação contra a dengue
Outro ponto importante no combate às arboviroses é a vacinação. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em municípios selecionados, o imunizante é uma ferramenta complementar às ações preventivas. Em Alagoas, a vacina foi distribuída para 12 municípios da I Região de Saúde, incluindo Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro e Pilar.
Casos por município
Dos 20 óbitos por dengue, sete ocorreram em Maceió, e os demais em Atalaia, Viçosa, Porto de Pedras, Rio Largo, União dos Palmares, Murici, Craíbas, Teotônio Vilela, Arapiraca, Belo Monte, Boca da Mata, São José da Laje e Pão de Açúcar. Já os três óbitos por chikungunya foram registrados em Maceió, Pão de Açúcar e Atalaia.