As mais recentes pesquisas eleitorais, que projetam a disputa pelo Executivo estadual e pelo Senado em Alagoas, mostram um ambiente de disputa acirrada entre os atuais caciques que buscam se projetar como possíveis candidatos no pleito vindouro.

Todavia, não apenas as eleições majoritárias devem ser de disputas intensas no Estado. Ao que tudo indica, as proporcionais também, sobretudo se forem reduzidas as vagas destinadas a Alagoas, levando em consideração a base do censo demográfico.

Não acredito que haja essa redução de 9 para 8 cadeiras na Câmara dos Deputados. Por lá, os políticos devem dar um “jeitinho” para ficar tudo como antes. Há muita água ainda para passar por baixo desta ponte.

Em todo caso, pelo menos três partidos se projetam na buscar por eleger bancadas. Atualmente, a maior bancada é a do Progressistas – comandado pelo deputado federal Arthur Lira (Progressistas) – que além de Lira, tem Fábio Costa, Marx Beltrão e Daniel Barbosa.

Logo depois, vem o MDB do senador Renan Calheiros, com Rafael Brito e Isnaldo Bulhões. Todos estes – tanto do MDB quanto do Progressistas – são candidatos à reeleição.

Em recente entrevista publicada pelo jornal Extra, Brito diz que o MDB se prepara para fazer três ou quatro deputados federais. O partido possui nomes para tentar esse caminho, principalmente porque Brito e Bulhões se encontram na disputa.

O Progressistas é quem pode sofrer baixas na composição de chapa, uma vez que o próprio Lira quer ser candidato ao Senado Federal e – segundo informações de bastidores – Fábio Costa pode aproveitar a “janela partidária” para ir para o PL, diante de sua identificação com o bolsonarismo. Mas, há nomes no quadro do partido que podem entrar na disputa como – por exemplo – Davi Davino Filho (Progressistas), caso não consolide uma candidatura ao Senado Federal. Há ainda um nome que pode vir da família Pereira. Quem sabe a ex-secretária de Educação de Maceió, Jó Pereira, não entre nesta briga.

Sem ocupar vaga na Câmara dos Deputados atualmente, o PL – uma vez que o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), deve permanecer na legenda – deve surgir forte nessa disputa. Um dos nomes mais cotados para a briga é o da primeira-dama de Maceió, Marina Candia. O partido ainda pode se reforçar, caso consiga trazer Fábio Costa, e ainda montar uma base com outros nomes para conseguir uma ou duas cadeiras.

No mais, estão os partidos que hoje ocupam uma cadeira, como o PT e o União Brasil. A Federação – formada por PT/PV e PCdoB – fez dois deputados federais: Paulão e Luciano Amaral. Mas, ao que tudo indica, Amaral pode trocar o PV pelo União Brasil, reforçando o time pelo qual Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil) pretende buscar a reeleição.

Paulão mira numa candidatura ao Senado Federal, mas essa é tão inconsistente que o petista pode acabar tendo que ir buscar a reeleição, mas em um cenário bem mais difícil do que aquele que o elegeu para a Câmara dos Deputados.

É válido ressaltar que o governador Paulo Dantas (MDB), em que pese ser do ninho emedebista, é o dono do PSB em Alagoas. Logo, se quiser, pode articular para que o PSB tenha estatura de buscar pelo menos uma cadeira na Câmara dos Deputados. Em todo caso, independente de serem 8 ou 9 vagas em disputa no ano de 2026, a disputa pelas cadeiras do legislativo federal deve contar com algo entre 15 e 20 nomes com condições de “luta”, o que não quer dizer que esta seja a quantidade de candidatos, pois na proporcional é comum os “poca-urnas” que servem de bucha de canhão para a composição de cociente eleitoral.