K. tem 16 anos, um adolescente forte e saudável que em um dia comum, vestiu o uniforme, tomou café, deu a benção a mãe e foi à escola.
A Escola fica ali pras bandas do CEPA, que em tempos idos era o point da educação, em Alagoas.
E voltando ao menino, em um dia comum de aulas, K. saiu para o pátio, e, o resto é ele mesmo quem conta:
“A gente estava no horário de almoço, aí eu já tinha almoçado e guardado a bolsa. Fui para o pátio e depois para a área de recreação. Deixei minha bolsa no pátio e fui para o campinho. Eu estava sozinho, mexendo no celular, e logo depois fui para o banco, onde estava menos sol”
E é nesse ínterim que uma janela despenca na cabeça do garoto.
Deixa repetir, para que não caibam dúvidas: uma janela da escola pública estadual, em Alagoas, se despregou e acertou em cheio a cabeça de K., que em entrevista recente falou: “Eu acordei no chão e não conseguia me mexer. Fiquei olhando para o meu corpo, todo ensanguentado, com partes arranhadas e machucadas.
E passados dois meses do episódio dantesco, o menino está sem mobilidade do pescoço para baixo.
Imagina isso: você manda um filho com saúde para a escola e o recebe de volta, sem mobilidade.
Um garoto de 16 anos, entende?
Como não aconteceu mobilizações populares, ( cadê a comunidade escolas, grêmios, etc?) ,a imprensa alagoana ( Salve! Salve!) deu voz ao desespero da mãe do menino, pedindo ajuda ao governo do estado, daí , a inércia estatal virou atitude.
Paulo Excelência voou para a Inglaterra para recepcionar estudantes alagoanos, e na agenda cabe uma visita ao menino K.?
Cabe?
Um dos princípios da educação é a humanização.
Fonte: https://www.gazetaweb.com/noticias/maceio/aluno-atingido-na-cabeca-por-janela-no-cepa-esta-acamado-e-sem-andar