Sete crianças com idades entre 6 e 12 anos foram retiradas de um ambiente de graves abusos e negligência em Branquinha, Alagoas, após intervenção da Defensoria Pública do Estado (DPE/AL). A medida foi solicitada pelo defensor público João Augusto Sinhorin, que identificou condições de violência física, psicológica e abandono extremo enfrentadas pelos irmãos.

De acordo com o relatório da Defensoria, baseado em denúncias e informações do Conselho Tutelar, professores e profissionais de saúde, as crianças viviam em condições insalubres, sem higiene adequada e com alimentação precária. Além disso, faltavam frequentemente à escola e eram vistas em situações de risco, como a presença em locais frequentados por usuários de drogas. Veja vídeo: https://youtube.com/shorts/7G-2B0JdgM8

Um caso particularmente grave envolveu um dos menores, que sofre com um abscesso dental há mais de três meses. Apesar da urgência, a mãe recusou atendimento médico e odontológico, negando até medicamentos e internação hospitalar. Também foram constatados episódios de violência doméstica e a exposição de uma das meninas a um relacionamento com um homem adulto.

Com base nessas evidências, a Justiça determinou o afastamento imediato das crianças do lar abusivo, proibindo qualquer contato com os pais por pelo menos 60 dias. As vítimas foram encaminhadas a uma instituição de acolhimento, onde terão acesso a cuidados adequados. Cada criança será cadastrada no Sistema Nacional de Acolhidos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e receberá um Plano Individual de Atendimento (PIA) para garantir assistência integral. A decisão também incluiu a apreensão dos documentos das crianças, assegurando acesso a serviços básicos de saúde e cidadania. 

*Com assessoria