Depois que o deputado federal Fábio Costa criticou, nesta segunda-feira (30), o repasse de R$ 300 mil do Governo do Estado para o réveillon Celebration, o CadaMinuto procurou os responsáveis pelo evento e o Poder Executivo para falarem sobre o assunto e ambos responderam publicamente aos questionamentos.
O empresário Sérgio Feitosa, responsável pelo evento, afirmou, em suas redes sociais, que Fábio Costa não tem noção do impacto da festa privada na economia alagoana.
“São R$ 63 milhões injetados somente na economia de Maceió”, destacou, acrescentando que, se Costa quer bater no governo, “não envolva o Celebration”.
Já o Governo de Alagoas, em texto divulgado à imprensa, nesta tarde, informou que, segundo a Fundação Universitária de Extensão e Pesquisa (Fundepes), “para cada R$ 1 investido pelo Governo de Alagoas nos réveillons locais, R$ 128 retornam para o estado, gerando um montante de R$ 300 milhões, considerando as cinco principais festas da última edição (23/24): Celebration, Arcanjos, NemVem, Mil Sorrisos e Réveillon dos Milagres.”.
No mesmo texto, a Secretaria de Turismo destaca que, “levando em consideração o impacto das festas em Alagoas, além de festividades que também incentivam o turismo regional, a Setur seguiu com a estratégia, que já é realizada há anos, de patrocinar os réveillons na edição 24/25, com inovação na promoção do destino, aliando, inclusive, estratégias com operadoras turísticas”.
Em sua postagem, Fábio Costa considerou absurdo o Governo do Estado patrocinar esse evento privado e acessível a poucos “enquanto a população sofre com hospitais lotados, escolas abandonadas e insegurança nas ruas”, afirmou o deputado.
“Como justificar esse repasse quando há caos nos serviços essenciais? O dinheiro público deve ser usado para resolver os problemas reais da população, não para bancar festas que só uma minoria pode frequentar.”
Mais de R$ 1,5 milhão
Vale lembrar que, na semana passada, o deputado estadual Cabo Bebeto já havia questionado o patrocínio de mais de R$ 1,5 milhão do governo do Estado a festas particulares de réveillon: “Alagoas está em festa com o dinheiro do alagoano".
Cabo Bebeto indagou o porquê do repasse de verbas públicas para pagar réveillons particulares que, inclusive, "cobram ingressos muito altos”, enquanto “o alagoano morre aguardando serviços de saúde de qualidade, prestadores de serviço não recebem em dia, fornecedores continuam cobrando e não recebem. Essa é a política do pão e circo. Esse é o governo de Paulo Dantas".