O jangadeiro que fugiu após o naufrágio da embarcação que conduzia, com 12 pessoas a bordo, pode ser indiciado por lesão corporal grave e omissão de socorro, segundo informações da delegada Lucy Mônica, responsável pela investigação do acidente, ocorrido na noite da última quinta-feira (26), na Praia de Ponta Verde, em Maceió.

Em entrevista à TV Gazeta, a delegada explicou que, dependendo da evolução do quadro de saúde de uma das vítimas, as lesões poderão ser classificadas como graves. Ela também destacou que o jangadeiro poderá responder por omissão de socorro, já que, ao ver a embarcação virar, ele nadou em direção à costa, abandonando as vítimas à própria sorte. “A situação foi caótica, e ele simplesmente fugiu, deixando todos no barco”, afirmou.

O acidente aconteceu enquanto a embarcação retornava das piscinas naturais e foi atingida por duas grandes ondas, virando em seguida. Os ocupantes foram resgatados por tripulantes de uma jangada que passava pelo local, mas equipes do Corpo de Bombeiros seguiram com as buscas para garantir que não houvesse mais vítimas.

Uma mulher de 25 anos sofreu afogamento de grau 3 após bater a cabeça e foi atendida pelos socorristas, sendo posteriormente encaminhada ao hospital pelo Samu. 

A delegada revelou que ela permanece internada, intubada, devido a um afundamento craniano, mas a previsão é de que ela se recupere nas próximas 72 horas. “Uma outra vítima já foi localizada e será ouvida hoje à tarde”, acrescentou.

Além disso, a delegada informou que aguarda, para esta tarde, o fornecimento de informações sobre os tripulantes pela Marinha. “Já enviamos um ofício e o capitão de fragata da Marinha nos fornecerá a identificação do marinheiro envolvido”, concluiu.