Durante muitos anos, a Polícia Federal em Alagoas foi sinônimo de inação, uma decepção para a população local.
Após a Operação Taturana, a instituição conquistou a confiança dos alagoanos, mas foi bom quanto durou.
Nos últimos anos, porém, o cenário voltou a ser de acomodação da polícia mais profissional e independente do Brasil.
Por quê?
Segundo a explicação de um personagem que conhece bem o meio, isso se deve à força do senador Renan Calheiros e do deputado Arthur Lira, e não apenas no poder político:
“Eles usaram seu prestígio junto ao Judiciário e instituições correlatas. Para a PF, pouco ou nada adianta investigar por aqui porque eles conseguem anular o que foi apurado, e com muita facilidade. Isso desestimula os agentes e delegados”.
Lembrando que a PF já foi tratada até como Gestapo, pelo senador Renan Calheiros, ao falar da Operação Edema – e ficou por isso mesmo.
Lira, por sua vez, sempre que alguém do seu grupo é atingido por uma ação policial, aponta o dedo para a “perseguição política”.
Está explicado.