O Partido da Mulher Brasileira (PMB) em Arapiraca protocolou um pedido de investigação para apurar uma denuncia de fraude à cota de gênero, por duas chapas com candidaturas a vereador nas eleições deste ano.
De acordo com a denúncia, protocolada na 22ª Zona Eleitoral de Arapiraca, duas candidatas a vereadora teriam registrado candidaturas fictícias, sem nenhuma movimentação eleitoral, com o intuito apenas de cumprir a cota obrigatória de mulheres na chapa de seus partidos.
As candidaturas de Débora Santos, pelo PSDB/Cidadania, que obteve apenas 3 votos, e Laura Gabryelle, pelo PSOL/Rede, que também só teve 3 votos.
Caso seja comprovada a fraude e a Justiça Eleitoral acate o pedido do PMB, todos os votos das chapas da federação PSDB/Cidadania e PSOL/Rede podem ser anulados. A anulação mudaria o quociente eleitoral e toda a contagem de votos que levou às vagas remanescentes pela sobra eleitoral.
Com a anulação dos votos das duas chapas, um candidato do MDB perderia a vaga. Neste caso, seria a vereadora eleita Jackelinne Barbosa, ex-secretária de saúde do município. Ela foi a última eleita dos nove eleitos do partido, com 2.020 votos.
Caso a suposta fraude seja comprovada, Rodrigo José, o vereador mais votado da chapa do PMB, com 1.510 votos, assumiria o lugar de Jaqueline Barbosa.
O PMB não elegeu nenhum vereador.
Os eleitos serão diplomados nesta quarta-feira (18), mas a decisão da Justiça pode mudar a composição da Câmara de Arapiraca, mesmo depois da diplomação.