Na foto acima, duas referências para a turma de “cidadãos de bem”, dois ídolos da extrema direita. Aqui em Alagoas, há uma legião de fanzocas de Guilherme Derrite, secretário de Segurança no governo paulista de Tarcísio de Freitas. Os casos recentes de truculência da Polícia Militar de São Paulo são de responsabilidade dessa dupla matadora. Com as patas manchadas de sangue, Tarcísio é o bolsonarista “moderado”.

A moderação dos extremistas de direita se materializa nos crimes em série da PM no estado mais rico do país. Os casos estão aí: execuções em série nas periferias, assassinatos pelas costas, pancadaria contra pessoas imobilizadas e mulheres idosas. A imagem do policial jogando um homem de cima de uma ponte – como se fosse um saco de lixo – chocou o país e correu o mundo. Isso não aconteceu do nada.

É um método. É um modo de ver o mundo. Derrite se orgulha da fama de matador da Rota, o grupo de “elite” da PM paulista. O sujeito participou da execução de ao menos 16 pessoas. E foi esse portfólio de alto nível que seduziu o governador. Derrite contou também com o aval de Jair Bolsonaro para o cargo de secretário estadual. Como se vê, o sujeito tem todos os atributos para figurar no topo da vida pública.

Quando o governante decreta o “liberou geral” nas forças de segurança, já era. Uma tropa violenta, incentivada por seu comandante, não vê limites para tocar o terror. Alagoas já experimentou esse modelo ao longo de décadas, uma tradição felizmente superada. Mas nunca estamos livres de um retrocesso. O que não falta por aqui é viúva do coronel Amaral. É a turma que defende tortura e a atuação de grupos de extermínio.

O que se vê em São Paulo é consequência do buraco em que o país se meteu a partir da eleição de Bolsonaro em 2018. Durante todo o seu governo, o golpista incentivou a barbárie com obsessão criminosa. A postura do capitão desqualificado deu às forças militares licença pra matar. Esse é um dos maiores desafios para o Brasil. Segurança pública sob as ordens de matadores é o caminho perfeito para a degradação sem volta.