Um dos maiores erros de quem atua em campanhas é acreditar que dominar o marketing eleitoral automaticamente faz de alguém um especialista em marketing político. Não faz. São territórios completamente diferentes. Criar uma campanha impactante e prometer soluções rápidas para problemas complexos é uma coisa; construir uma narrativa consistente, que inspire confiança no dia da eleição e resista ao teste do tempo, é outra.

O marketing eleitoral é sobre conquistar a atenção: envolve, emociona e mobiliza. Mas sua eficácia se limita ao momento do pleito. O marketing político, por outro lado, é uma estratégia de permanência, que vai além de vencer; trata-se de manter a confiança do público e justificar a escolha ao longo do mandato. Confundir os dois é ignorar que, enquanto a eleição acaba em celebração, o trabalho árduo começa no dia seguinte.

No final, a diferença é simples: o marketing eleitoral te coloca no cargo; o marketing político te mantém lá, sustentando o apoio sem deixar espaço para arrependimentos. Quem não entende isso acaba confiando apenas em discursos cativantes, até perceber que governar exige mais do que palavras bem escolhidas.