O delegado da Polícia Civil de Alagoas, Daniel José Galvão Mayer, que atuou nas investigações do homicídio do empresário Kleber Malaquias, ocorrido em julho de 2020, em Rio Largo, é alvo de ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio da 2ª promotoria de Justiça de Rio Largo, com apoio do Núcleo de Defesa do Patrimônio (Nudepat).

Na ação, o MP requer o afastamento do delegado do cargo público pelo prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado por mais 90, em conformidade com o artigo 20, parágrafos 1º e 2º, da Lei de Improbidade Administrativa. 

Além disso requer a proibição de exercício de qualquer função pública durante este lapso temporal, bem como seja proibido de ingressar ou permanecer em qualquer repartição policial e manter qualquer tipo de comunicação (física ou eletrônica) com a Polícia Civil, como forma de dar efetividade à medida cautelar requerida.

Foi requerida, também, a aplicação de sanções previstas na mencionada lei, penalizando-o com o pagamento de multa civil de até 24 quatro vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos.

A ação é justificada pela possibilidade de o delegado, mesmo afastado parcialmente por medida cautelar assumir algum cargo administrativo, o que contribuiria para a manutenção de sua influência sobre outros policiais civis.

É ressaltado na ação que, pelos autos, a conduta do delegado configura ato de improbidade administrativa atentando contra os princípios da Administração Pública, especialmente a legalidade, a impessoalidade e a moralidade.

O delegado, que chegou a ser preso pela Polícia Federal, foi destituído de suas funções na Polícia Civil de Alagoas e afastado do cargo. Ele é investigado por supostas fraudes processuais, divulgação de segredos funcionais e abuso de autoridade nas apurações relacionadas à morte do empresário Kleber Malaquias.

 

*Com Ascom MP-AL