É bem verdade que o deputado federal Arthur Lira criou uma marca da qual nunca vai se livrar – ainda que seja atenuada pelo tempo: a de “dono” do orçamento secreto, esta excrescência da política nacional.

Agora, nos últimos momentos da sua incontestável autoridade de presidente da Câmara Federal, ele precisa usar o resto de poder que tem para fazer o bem, encaminhando para a votação as matérias que podem ajudar a melhorar a vida do povo brasileiro – algumas delas propostas pelo ministro Haddad.

É bem verdade que isso pode ir de encontro ao abusado mercado e seus porta-vozes, aos montes na grande imprensa nacional, por onde desfilam economistas representantes do setor financeiro.

Na verdade, uma gente que só ajuda os ricos a ficarem mais ricos, ainda que sejam tratados como grandes celebridades.

É uma turma que não gosta de pobre, os acha um desperdício da Natureza. 

Lira há de saber que agora, mais do que nunca, o que ele fizer na Câmara Federal pode ajudá-lo no futuro próximo - ou o contrário.

Uma dica: o senador Calheiros, que já foi alvo da mesma e justa pancadaria, soube se reinventar em alguns momentos da sua carreira política, ainda que depois volte ao seu modo “normal”.