O advogado do sargento da Polícia Militar acusado de assassinar a esposa a tiros em um hotel concedeu uma entrevista à Rádio Gazeta FM de Arapiraca, nesta quinta-feira (28), detalhando a versão da defesa do militar. O PM chegou a se apresentar na delegacia, mas não ficou detido devido à falta de flagrante.

Segundo o advogado de defesa, Cícero Pitta, o caso se trata de um suicídio, e não de feminicídio, como está sendo investigado. O crime ocorreu no dia 20 deste mês, em Palmeira dos Índios. O advogado relatou que, de acordo com o sargento, a mulher, identificada como Solange da Silva, de 44 anos, havia ingerido bebida alcoólica e o chamou até o apartamento de um antigo hotel. 

Ao chegar, o PM portava uma arma de fogo registrada em seu nome, que, segundo ele, foi deixada sobre a cabeceira da cama. Ainda conforme a versão do suspeito, o irmão dele ligou pedindo que fosse buscar uma mercadoria. O sargento avisou à esposa que sairia, mas ela acusou-o de estar indo encontrar outra mulher.

O advogado afirmou que o PM deixou o local, mas, ao sair, ouviu um disparo vindo do quarto. Ele percebeu que havia deixado a arma no quarto e, ao retornar, encontrou a porta trancada. Após conseguir entrar, encontrou Solange sem vida, com uma única marca de tiro na nuca.

Cícero Pitta destacou a importância de uma investigação justa e completa: “Para quem confirma que foi feminicídio, é importante ir até a polícia e corroborar com o inquérito”, declarou à Rádio Gazeta FM. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.