A Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco realizou, na madrugada deste sábado (24), a soltura de 167 animais silvestres no Monumento Natural do Rio São Francisco, na Caatinga alagoana. A ação, que começou às 3h30, envolveu uma equipe multidisciplinar composta por veterinários, biólogos, engenheiros e policiais.
Os animais devolvidos à natureza foram resgatados ao longo de uma semana de operações em sete municípios: Monteirópolis, Craíbas, Igaci, Arapiraca, Junqueiro, São Sebastião e Limoeiro de Anadia. No total, 350 animais foram retirados de cativeiros clandestinos, incluindo aves de canto, jabutis e até um preá.
De acordo com Rafael Cordeiro, veterinário do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e coordenador da equipe Fauna, muitos dos animais passarão por um período de reabilitação antes de serem libertados. "Cada animal resgatado e devolvido ao seu habitat é um passo na luta contra os crimes ambientais e na preservação dos nossos biomas", destacou.
Dois dias antes, a FPI já havia promovido a soltura de 96 animais na Mata Atlântica. O local escolhido para a devolução na Caatinga, entre cânions, foi definido considerando a segurança e a adequação ao habitat natural.
A operação mobilizou 26 profissionais de instituições como o IMA, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), o SOS Caatinga, o Instituto de Preservação da Mata Atlântica (IPMA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Além dos resgates, a FPI aposta na conscientização sobre a preservação ambiental e incentiva a entrega voluntária de animais silvestres. Rafael Cordeiro explica que muitas pessoas não sabem o impacto negativo de manter esses animais em cativeiro. "A entrega voluntária é uma forma de corrigir esse erro e contribuir para a preservação", afirmou.
Para facilitar as devoluções, postos volantes serão instalados em municípios do estado nos próximos dias: Feira Grande (25), Campo Grande (26), Olho d’Água Grande (27) e São Brás (28), utilizando o Caminhão Boiadeiro.
*Com Ascom MPAL