A foto se deu na Praça dos Palmares, centro da capital Maceió, que carrega a memória histórica de um tempo. Marco de valor inestimável.
Uma memória para ressignificar.
Foi ali, no caminho da praça ( onde hoje tem um comércio a céu aberto) havia um Porto, onde nós, escravizad@s éramos vendid@s, como mercadorias.
A carne mais barata do mercado é a carne negra!
E por falar na Comitiva Negra Internacional ,que estava sob a coordenação de Mut Rosa Natalino, ativista negra , pensadora antirracista tinha gente da Tanzânia, Africa do Sul, EUA, das mais diversas profissões.
Mut Rosa Natalino é a idealizadora, fundadora , diretora a grande comandante da Kasa de MAAT , instituição criada a partir dos ensinamentos Ancestrais Africanos, com foco em saúde, cultura e educação e agrega, em torno de si, ancestralidade , história e memórias, criando pontes entre a luta negra do Brasil e dos EUA.
E foi a partir do blog que dialogamos sobre as possibilidades possíveis e inimagináveis de estabelecer conversas em rede, e em sua visita a Maceió, não é que Mut Rosa fez questão de conhecer o Instituto Raízes de Áfricas e o Projeto ‘Pode Falar, a Gente Escuta’, desenvolvido na Escola Municipal Padre Pinho?
E como há em nós o culto da ancestralidade ( quem veio antes de nós) Mut Rosa e sua Comitiva Negra Internacional fez reverência a alguns pontos históricos, e um deles foi a Praça dos Palmares, onde no entorno acontecerá a construção do Centro Administrativo da Prefeitura de Maceió.
Após a visita a Praça dos Palmares Kofi Heru - Djed Semat, afirmou: Este lugar durante o século 17 era onde os nossos ancestrais africanos eram vendidos ou trocados para o financiamento da escravidão no Brasil mais precisamente na capitania de Pernambuco. Hoje retornamos para reafirmar nosso compromisso na luta por justiça e igualdade racial no Brasil e reverenciamos aqueles que sofreram tanto para construção dessa nação.”
A Maceió Negra tem narrativas ancestrais , rotas e histórias que merecem ser, institucionalmente, valorizadas.
Eis a foto da Comitiva Negra Internacional que não me deixa mentir.
Isso é massa, né, não, João Henrique?
Massa!