O suspeito de assassinar o motorista por aplicativo, Márcio Vieira Rocha, foi preso na manhã desta sexta-feira (22). A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob comando do delegado Thiago Prado. 

Segundo informações da PC, duas linhas de investigações estavam sendo seguidas, sendo uma delas o latrocinio, roubo seguido de morte,  justamente porque a vítima foi assassinada enquanto exercia sua profissão, de motorista de aplicativo. 

Enquanto a outra seria homicídio, que poderia ser motivado por causas diversas. “Também não estamos descartando a possibilidade de ter sido um homicídio motivado por diversas circunstâncias, as quais serão devidamente investigadas com o avançar do caso.”, disse o delegado Thiago Prado. 

 

O caso

O motorista foi encontrado morto em seu veículo, em uma área de canavial, na manhã de quarta-feira (20). Ele estava desaparecido desde a madrugada, após aceitar uma corrida. Seu desaparecimento foi relatado por um amigo e a família recebeu sua localização, mas o contato foi perdido logo após parar para atender um cliente.

O veículo foi localizado por meio de rastreamento, com portas dianteiras abertas, e o corpo de Márcio foi encontrado ao lado do banco do motorista, vestindo apenas uma cueca. A perícia confirmou que ele foi assassinado a tiros. A Polícia Científica realizou a perícia e o Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo.

 

Protestos na capital 

Na manhã desta sexta-feira (22), motoristas por aplicativo realizam uma série de protestos devido à morte do colega de profissão Márcio Vieira. Eles fecharam parcialmente a Avenida Menino Marcelo, no Antares, parte alta de Maceió.

Além disso, os manifestantes planejavam levar o protesto para frente da sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro de Maceió. Equipes da Rotam e do Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) estiveram no local e conseguiram negociar para a liberação a via.

O ato estava sendo organizado por meio de redes sociais e grupos de mensagem. Os motoristas planejaram uma paralisação pacífica para prestar homenagem ao colega, a qual cobravam por mais segurança para a classe.

“A voz do trabalhador tem que ser ouvida. Até quando as autoridades vão esperar para agir?”, disse o presidente do sindicato dos motoristas por aplicativo, Carlos Alexandre, em vídeo publicado nas redes sociais.