O deputado estadual Antonio Albuquerque (Republicanos) voltou a questionar algumas ações da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco, capitaneada pelo Ministério Público de Alagoas, consideradas por ele como desproporcionais e truculentas.
Na tarde desta quinta-feira (21), durante a sessão na Assembleia Legislativa de Alagoas, o parlamentar anunciou que pretende solicitar uma audiência com o procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, para que seja revista a forma como as ações ocorrem.
“Lamento que o cidadão que mora no interior, alguns poucos que ainda guardam alguns costumes sejam abordados por autoridades duras, homens fortemente armados para tomar de um cidadão ou criança um pássaro silvestre que ele cria com carinho”, destacou.
AA adiantou também que irá apresentar um projeto de lei para permitir que, aquelas pessoas que criam aves há anos em casa, tenham um prazo para regularizar a posse do animal.
Citando alguns exemplos, como o de um pequeno criador de porcos que teve os animais tomados em Limoeiro de Anadia, o deputado criticou o fato de não existirem ações tão “contundentes” das autoridades para combater o tráfico de drogas ou, permanecendo no campo ambiental, as queimadas da cana de açúcar.
“Surpreende-me e me entristece ver essa firmeza tão grande para tomar do cidadão um pássaro silvestre... Aqui virou mania e modelo perseguir o cidadão. É uma violência muito grande, as pessoas escondendo os passarinhos como se escondessem um quilo de cocaína”, destacou, em trecho do discurso.
Em aparte, o deputado Cabo Bebeto (PL) defendeu que os estados tenham maior independência em certos temas, em razão das especificidades e tradições de cada localidade. “Quando o Estado é incompetente sempre atinge o mais fraco”, afirmou, aconselhando os integrantes da FPI, principalmente os policiais militares, que não ajam com a “truculência exacerbada” que tem sido denunciada.