O Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas , da Cidade Sorriso I, Conjunto Benedito Bentes II, completou 2 anos de caminhada e meio #tbt esta ativista olha para trás e o sentimento de satisfação é genuíno.

Quando em 2022, o o Instituto Raízes de Áfricas conversou, com a então deputada estadual, Jó Pereira, sobre a ideia da criação do Coletivo ela topou na hora: -Vamos fazer!

De início a comunidade a ser contemplada era outra, mas, não deu muito certo, daí surgiu a Vânia Gatto e disse:- Eu quero criar o Coletivo na Cidade Sorriso!

E, a partir daí, o Coletivo se faz todos os dias.

Vania, ou Erisvania  Gatto é uma ativista, que tem experiências aprofundadas do abandono social, mas, graças a espiritualidade, isso não comprometeu seu  caráter.

É gente leal e verdadeira e uma aluna primorosa.

Ao longo desses dois anos Vânia foi maturando um letramento racial, a partir da percepção do  mundo através das lentes pretas e tem tido uma evolução sensacional.

O discurso que faz hoje tem o engajamento dos aprendizados e das leituras do mundo.

E tem também a Gildete, que vem despontando com questionamentos argutos e necessários, no desprocesso ‘arrumadinho’ da institucionalidade.

São essas e tantas mulheres pretas da periferia distante e distanciada das políticas públicas, antirracistas.

Mulheres que, apesar das intempéries, reinterpretam a acidez da política, que as excluem, como seres pensantes e determinantes na construção da democracia.

São tantas e muitas mulheres pretas e periféricas que causam um rebuliço substantivo na sensação real de continuidade da luta preta, mulheres, que mesmo funcionalmente, não letradas, alfabetizam novas histórias.

O Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas nasceu de uma proposta do Instituto Raízes de Áfricas, com a  campanha política da então deputada estadual (2015-2023)  a vice-governadora, Jó Pereira, e dois anos depois viceja e continua a dar passos na história, em gênero e raça, nas Alagoas de Palmares.

Continuidade…