Há pelo menos um ponto em comum entre os policiais que investigaram o assassinato de Adriano Farias: o silêncio, que foi decisivo no embate eleitoral em Junqueiro.

Isso contribuiu, decisivamente, para que o pleito tivesse o desfecho já conhecido.

Não se pode negar a determinação com que eles trabalharam, mas a demora na revelação dos nomes dos envolvidos aponta um componente político na mordaça imposta a eles. 

É bastante provável que os próprios delegados tenham quebrado o silêncio repassando as informações ao deputado Fábio Costa, indignados e com a sensação de injustiça que já deviam sentir.

De quem é, portanto, a mão poderosa que não deixaram divulgar os fatos apurados?

É fundamental que o Ministério Público, mais do que nunca, faça uma investigação paralela, até porque ninguém está a salvo, nas condições atuais, de ação de criminosos com a proteção política em Alagoas.