Vivemos na era dos palpiteiros. Eles surgem do nada, cheios de certezas e convicções que, na verdade, nunca foram testadas fora das redes sociais. São os especialistas do sofá, aqueles que já “sabem tudo” sobre política, medicina, economia, direito, educação e até engenharia de foguetes – tudo aprendido em “minutos de pesquisa na internet”. Para eles, basta um vídeo no YouTube ou uma postagem bem embalada para se tornarem autoridades em assuntos que exigem anos de estudo e prática. E, ainda por cima, acreditam que suas opiniões são inquestionáveis.

Esses palpiteiros nunca colocaram a mão na massa, nunca criaram ou construíram nada de real relevância, mas sempre têm algo a dizer sobre o trabalho dos outros. “Eu faria diferente,” dizem com a segurança de quem nunca tentou, nunca errou, nunca aprendeu.

Cuidado com essa nova onda de “sabedoria” rasa e “conhecimento” instantâneo. Esse tipo de opinião de meia colher pode ser sedutor, especialmente quando ressoa com o que queremos ouvir, mas não passa disso: uma sombra do que é realmente saber.

Palpitar é fácil; difícil é estar no campo de batalha. Portanto, fuja dos palpiteiros de plantão. Ouça quem tem experiência, quem já enfrentou o chão duro da realidade e sabe que a vida real é mais complexa do que os memes que circulam na internet.