Esta ativista nunca cansa de dizer que a criação do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas surgiu como uma das pautas do Instituto Raízes de Áfricas, com a  campanha da então deputada estadual, Jó Pereira, candidata a vice-governadora, em 2022, para ressignificar, valorizar o protagonismo e dar voz às mulheres pretas, de  periferias indiferençadas pelas políticas públicas.

Porque insisto em dizer isso? 

Por conta da descrença  coletiva gerada, tipo: -É coisa de campanha política,  depois que terminar você vai ver…, É pura enrolação com as pretas da periferia, e etc,etc,etc.

Não foi!

Três anos após, a ideia gestada,  parimos um  Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas, que apesar das intempéries é forte e  continua fazendo enfrentamento, desafiando algozes  cotidianos.

Vania Gatto, a presidenta é uma pessoa de caráter, com um discurso simples e direto.

E, vem , em um crescente, absorvendo a força da militância e se tornando protagonista, do germinar de novas e ressignificantes caminhadas, por  entre as violências diárias da periferia, desumanizada, pela pobreza e ausência das políticas públicas urgentes e necessárias..

Dia desses me confidenciou:- Estou ficando ‘sabida’ igual  a você, Arísia Barros.

Esta ativista retrucou  que ‘sabida’ ela sempre foi, só faltavam as oportunidades de demonstrar isso.

E, no mês da Consciência Negra, mulheres do  Coletivo de Mulheres Pretas foram entrevistadas pelo Projeto Vozes , narrativas sociais e diálogos sobre Sistema de Justiça, da Justiça Federal.

É isso!

Nada de nós sem nós!