A Mestra Dora é uma das maiores defensoras da cultura popular alagoana. Com dedicação, ela preserva e valoriza a história, os costumes e as tradições do estado, inspirando aqueles que buscam manter vivo o folclore local. Em Alagoas, essa diversidade cultural se expressa na dança, na culinária e no artesanato, transmitida de geração em geração por mestres que garantem a continuidade da essência cultural alagoana.
A Auxiliadora da Silva Cordeiro, carinhosamente conhecida por tia Dora, é um patrimônio cultural vivo da cidade de Junqueiro, Alagoas. Aos seus 65 anos de idade, A Mestra Dora, dedicou sua vida à cultura popular da região. Com mais de 45 anos dedicados à arte local, Dora é reconhecida como uma das grandes guardiãs das tradições e saberes populares do estado. Sua atuação é especialmente notável em Junqueiro, onde é conhecida e admirada como mestre do pastoril, coco de roda Alagoano, taieiras, maculelê, entre outras expressões culturais.
Desde 1984, Mestra Dora lidera o tradicional Pastoril Nossa Senhora Divina Pastora, o grupo de pastoril mais antigo da cidade de Junqueiro. Criado por ela, este pastoril não apenas perpetua a tradição, mas é também uma forte expressão de identidade, fé e resistência cultural para a comunidade local. Dora transformou seu conhecimento sobre o folclore alagoano em um legado que se renova a cada geração, sendo referência para todos que reconhecem e valorizam o patrimônio cultural de Alagoas.
Auxiliadora, é considerada uma das verdadeiras guardiãs dos conhecimentos tradicionais, mantém vivo um repertório de práticas culturais alagoanas, transmitindo suas técnicas e saberes a voos participantes, garantindo a continuidade de expressões como o coco de roda, taieiras e maculelê. Além de exercer um papel formador, acolhendo jovens e adultos interessados em aprender sobre o folclore alagoano. Com paciência e dedicação, ela compartilha conhecimentos que são raros e valiosos, inspirando amor e respeito pela cultura junqueirense e alagoana.
Dora não é apenas uma mestra; é também um símbolo de luta e resiliência. Sua trajetória é um exemplo de como a cultura popular pode ser uma forma de resistência e de afirmação de identidade, especialmente em um cenário que muitas vezes marginaliza as tradições populares. É a maior representação de amor e dedicação à cultura popular alagoana. Sua contribuição vai além das apresentações; ela personifica a essência dos saberes encantados de Alagoas, fazendo da cultura sua própria biografia e um legado que honra suas raízes. Por tudo o que representa, Dora é considerada uma baluarte da cultura de Alagoas, inspirando gerações e fortalecendo as raízes culturais de Junqueiro e do estado.