A Taça Libertadores da América é, sem dúvidas, a competição mais prestigiada do futebol sul-americano, a glória eterna - como a própria competição batizou - com suas peculiaridades e momentos que ficam eternizados, principalmente para os campeões.. Criada em 1960 pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), a Libertadores já passou por diferentes formatos e no atual, com mais equipes, quem domina é o Brasil, conquistando os últimos cinco títulos consecutivos, com destaque para Palmeiras e Flamengo que alcançaram a honra de tornarem-se tricampeões.
A competição não é o maior sonho de consumo à toa, ela é uma vitrine para os jogadores do nosso continente, um marco para os clubes e uma honra aos torcedores, que sonham em conquistar a taça a todo custo. Mas nem sempre os favoritos nos palpites libertadores levam a taça, algumas edições já foram vencidas por zebras que marcaram a história.
Veja os times improváveis que conquistaram a Libertadores:
Apesar da soberania recente, os clubes brasileiros que conquistam a glória eterna costumam começar bem na fase de grupos, criam casca nas fases eliminatórias e chegaram à final com favoritismo. Mas não são todas as edições que tiveram esse caminho um pouco mais previsto, algumas delas foram vencidas por zebras, times que não despontavam como favoritos e, ainda assim, conquistaram a taça.
Veja os campeões improváveis:
- Olímpia (1979): o time paraguaio, atualmente, pode ser considerado um dos tradicionais da competição, afinal já são três taças. No entanto, até 1978, apenas times brasileiros, uruguaios e argentinos (na maioria das vezes) haviam vencido a cobiçada taça. Até que em 79, a zebra Olímpia foi avançando, avançando, avançando e chegou à final contra o Boca Juniors, com o jogo de volta em La Bombonera. Ninguém apostaria nos paraguaios, mas o time venceu a partida de ida por 2x0, empatou a volta em 0x0 e garantiu a primeira zebra do campeonato.
- Once Caldas (2004): o time colombiano começou a edição com uma bela primeira fase, mas pegou Maracaibo, Vélez Sarsfield e Fênix, times pequenos na competição e não impressionou a ninguém a classificação em primeiro lugar. No mata-mata, passaram pelo Barcelona de Guayaquil, pegaram o Santos dos meninos da Vila - campeões brasileiros naquele ano - e passaram. O adversário seguinte foi o São Paulo, também um belo time, que ficou pelo caminho para a zebra colombiana. A final foi contra o Boca e, mais uma vez, o Once Caldas não era favorito. Pois a (possível) maior zebra de todas edições aconteceu e o time da Colômbia sagrou-se campeão.
- LDU (2008): até hoje, muitos torcedores do Fluminense não se conformam com o vice-campeonato. O Tricolor da Laranjeiras tinha um belo time, comandado por Thiago Neves e Washington coração valente, entre outras estrelas, como Dodô, Luiz Alberto, Gabriel. A equipe vinha de viradas incríveis, inclusive na final, mas a LDU de Guerrón conseguiu a vitória nos pênaltis, em pleno Maracanã, e fez a festa como mais um campeão improvável.
- San Lorenzo (2014): muitos consideram que o caminho do time de Almagro foi um dos mais fáceis até a final. Outros, acreditam que a torcida do Papa foi o combustível que fez os jogadores rumarem ao título. Seja lá qual for a explicação, o retranqueiro time do San Lorenzo apostou na força defensiva e acertou, a equipe não tinha destaques individuais e, com vitórias magras, levou a Libertadores para casa.
- Atlético Nacional (2016): o Nacional já havia sido campeão antes, mas ninguém apostaria neles há oito anos. O time de Borja, Guerra, Berrio, Copete e Macnelly Torres, todos com passagens frustrantes no futebol brasileiro, achou a fórmula do jogo naquele ano e com grandes atuações, inclusive contra um ótimo time do São Paulo, chegou à final contra o Independiente del Valle, que já tinha um projeto mais consolidado. O final? A zebra atacou novamente e o Nacional levantou a taça.
Não é à toa que é a competição mais charmosa, vibrante e que mexe com os fãs, mas faz tempo que a zebra não aparece, será que teremos mais alguma nos próximos anos?