Da série #tbtnegro. 2015
O Circuito Afro"Se Essa Rua Fosse Minha", uma iniciativa pioneira do Instituto Raízes de Áfricas, surgiu como instrumento de intervenção objetivando promover a visão estratégica, sobretudo, crítica a alun@s das séries iniciais, sobre a construção da cidadania, a partir do conhecimento e da dimensão integradora da cultura negra..
Em um domingo, 22 de novembro do longínquo ano de 2015, crianças e adolescentes, percorreram,,em um ônibus, guiado pelos caminhos da história negra, ruas e bairros de Maceió fazendo o reconhecimento do patrimônio afro-cultural, compreendendo-o como legado da humanidade, permitindo a tod@s o cultivo da memória comum, da história e dos testemunhos do passado, base da resistência negra.
Os pontos de memória visitados: O Mirante Cultural, bairro do Jacintinho, Praça Zumbi dos Palmares,um porto importante de desembarque de escravizad@s em Alagoas, centro da cidade, Escultura representando a Mãe Preta, inaugurada em 1968, pelo então prefeito Divaldo Suruagy, com o objetivo era chamar a atenção para a importância das mulheres negras na formação do país, localizada na praça 13 de maio, bairro do Poço.
Obra do artista pernambucano José Faustino, a estatua de Ganga Zumba( inaugurada em 1984) se ergue na praça,do mesmo nome, junto à praia de Cruz das Almas. Em 2010, a estátua foi retirada do local durante as obras de revitalização da praça. Após ser dada como desaparecida em 2013, a estátua foi localizada em um depósito e, depois de restaurada, reinaugurada em 19 de novembro de 2015.
Em 2016, o Instituto Raízes de Áfricas reivindicou junto à gestão do município de Maceió, a colocação de uma placa identificando o monumento de Ganga Zumba, outra placa com o nome da praça e ainda um totem contando a história do guerreiro. Reivindicação atendida..
E para simbolizar o reencontro com a identidade étnica, participantes do Circuito Afro deram um abraço coletivo na árvore milenar sagrada de Áfricas, símbolo da resistência africana, o Baobá, da Praça do Skate em Ponta Verde.
O foco principal do Projeto foi levar o conhecimento, retirar o manto do anonimato e assim buscar a preservação, o reconhecimento de patrimônios afro-culturais esculturas, praças, monumentos, etc, espalhados pelas ruas, bairros da urbanidade de Maceió, capital de Alagoas, bem como abrir um leque na complexa tarefa de discussões em torno da diversidade cultural, existente nestes espaços.Coordenado pelo Instituto Raízes de Áfricas, contou com o apoio logístico do SEBRAE e do Restaurante Bodega do Sertão.
E em um novembro cheio de gentes, afetos, crianças, adolescentes, adultos e histórias a memória da cultura negra, da capital Maceió, foi reapropriada, rediscutida e reinventada.
No Circuito Afro "Se Essa Rua Fosse Minha".
https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2018/11/24/voce-conhece-o-circuito-afro-na-capital-maceio-em-alagoas-o-instituto-raizes-de-africas-te-apresenta