Monumento foi construído na gestão do então prefeito Vinicius Cansanção Filho entre os anos 1964/1966
A jangada da Avenida da Paz em Maceió, construída na gestão do então prefeito Vinicius Cansanção filho, no período da sua gestão 1964/1966 foi destruída em reformas realizadas por outras gestões que o sucederam.
O monumento, majestoso, construído em frente ao atual Museu Theo Brandão, foi destruído, uma insensata e estúpida destruição de um valioso capítulo da história de Alagoas em entulhos pela insensibilidade e o desconhecimento do seu valor histórico para as atuais e futuras gerações de alagoanos.
Em Alagoas, e particularmente em Maceió a destruição de marcos históricos sempre ocorre, um dos exemplos foi a destruição do posto “salva Vidas” construído na praia do Sobral, pelo então saudoso governador Silvestre Péricles, na década de 50, foi destruído na gestão do então prefeito de Maceió Rui Palmeira.
O monumento da jangada, além de destacar a atividade da pesca no litoral de Alagoas pelos bravos jangadeiros, relembrava a coragem dos jangadeiros alagoanos; Umbelino José dos Santos, Joaquim Faustilino de Sant’Ana, Eugênio Antônio de Oliveira e Pedro Ganhado da Silva, cidadãos originários de diversas cidades do litoral Alagoano que saíram de Maceió no dia 27 de agosto de 1922 para o Rio de Janeiro.
Nessa aventura de coragem, os bravos alagoanos sofreram os mais diversas tempestades na viagem. Só para ilustrar essas dificuldades, na costa do estado de Salvador (BA), enfrentaram um grande temporal, quando foram atirados ao mar e perderam suas provisões, roupas e a vela da jangada Independência.
A solidariedade do povo baiano foi decisiva para a continuidade da viagem. Foram doados alimentos, roupas e a jangada totalmente recuperada pelo então governador da Bahia. Após noventa e oito dias, mais de mil milhas percorridas e nove tempestades enfrentadas, no dia 2 de dezembro os Jangadeiros Alagoanos chegaram ao Rio de Janeiro, onde foram recebidos como heróis nacionais.
A população, o Governo do Estado e a imprensa carioca, queriam estar próximos dos bravos e corajosos alagoanos, que talvez ainda não tivessem se dado conta da proeza que realizaram. Os jangadeiros resolveram empreender esta jornada dois dias antes, o objetivo foi participar dos festejos pelo Centenário das comemorações da Independência do Brasil no Rio de Janeiro.
A poesia do poeta Manoel Cícero do Nascimento em homenagem a jangada da Avenida
O poeta Manoel Cícero do Nascimento, natural de Coqueiro Seco, com o seu talento e inspiração escreveu na época;
“Minha jangada de vela, que ventos queres levar,
Se queres ventos da terra ou queres ventos do mar..
E Vinicius Cansanção, com audácia, alma e vida,
Deixou o seu coração, plantado aqui na Avenida.