Dona P. ,63 anos, tinha os sonhos cotidianos de quem conseguiu adquirir a casinha própria, um lugar de gerações.
Dentro do espaço da simplicidade extrema, que vivia. Dona P. era feliz.
Mas, os estrondos, o deslocamento da terra, as rachaduras nas paredes, os avexames das notícias, dos protestos por justiça, o isolamento, invadiram de uma forma intensa a alma da mulher.
Sonhos foram roubados, pouco a pouco.
O arrastar modorrento da espera, junto com os vizinhos de território, por uma solução compensatória ( já que a emocional, não tem dinheiro que pague) foi cimentando as esperanças.
Estão desiludindo as histórias de muitas vidas!
P. já não vivia o riso despreocupado, sobrevivia a dor.
E hoje, ela cansou de gritar, de suplicar, de implorar, de lutar.
Após, registrar os sentimentos em um carta, , desesperançada,
Voou.
P. se foi, mas, para muitas e tantas pessoas, a luta continua.
Lenilda Luna diz: Dona P. é mais uma vítima do crime da Braskem.
Até, quando?
Saiba mais:
https://diariodopoder.com.br/justica/desastre-da-braskem-em-maceio-foi-a-maior-tragedia-que-o-brasil-ja-evitou-conclui-o-cnj