Segue a novela envolvendo o CSE, da cidade de Palmeira dos Índios. Na quarta-feira (30), foi divulgada uma chapa de oposição, encabeçada pelo ex-vereador Carlos Guruba. De acordo com as informações, o grupo conta com o apoio do prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio César, que é favorável a realização da eleição.
Guruba também é apoiado pelo ex-presidente do CSE, Antônio Umbelino, aliado da atual gestão municipal.
Nesta quinta-feira (31), o ex-goleiro Roberval Cavalcante também confirmou que tem interesse em presidir o tricolor. Roberval pediu que seja feita uma eleição com transparência e até sugeriu uma união em favor do clube. “A briga é muito ruim para Palmeira dos Índios e para o futebol” – afirmou.
A eleição deve acontecer na próxima quinta-feira, dia 7 de novembro – conforme convocação feita pelo presidente do Conselho, Onofre Raimundo. Um fato curioso é que apenas 7 pessoas estão aptas a votar e o pleito deve acontecer na sede da Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios.
Mas surgiram novos capítulos nessa história. Ainda na noite da quarta-feira, a atual direção do CSE divulgou Nota em suas redes sociais – onde José Barbosa assegura sua permanência e informa os componentes de sua direção.
E na manhã desta quinta-feira (31), uma nova Nota foi publicada pela direção do CSE. Em um trecho, a diretoria afirma que repudia veementemente ataques que considera oportunistas, “de cunho eleitoreiro, que vem sendo veiculados por determinado segmento político”.
“A celeuma consiste na possibilidade (ou não) de realização de eleições para fins de constituição da Diretoria (que conduzirá o CSE no próximo biênio – 2025/2026). O estatuto do clube, de fato, prevê a realização de eleições. Entretanto, existem dois óbices que merecem consideração”- inicia a Nota.
“Em primeiro lugar, o estatuto prevê que as eleições devem ser realizadas no mês de junho (art 32, I, do estatuto)”, cita. Na sequencia, considera o lançamento de uma chapa oposicionista como intempestiva.
Ainda de acordo com a Nota divulgada hoje, o estatuto prevê que a eleição seja realizada através de votação do Conselho Deliberativo. “Ocorre que tais conselheiro sequer existem (muitos deles inclusive são falecidos). Consequentemente, há uma inviabilidade fática para realizar o pleito no presente momento”- afirma.
O texto também cita insegurança jurídica que seria: “se uma chapa oposicionista qualquer, pudesse surgir em qualquer mês e a qualquer ano, exigindo que as eleições ocorressem naquele exato momento.”
A Nota ainda relata o entendimento que não houve apresentação de chapa de oposição em tempo hábil. Defende que a Diretoria seguiu os trâmites legais “em busca da regularização/renovação do mandato, como vem acontecendo há quase uma década”.
E apresenta a seguinte defesa: “Esta não foi uma atitude unilateral da Diretoria. Foi uma alternativa encontrada pela Federação, pela Confederação e pelo próprio CSE, para suprir o vácuo normativo existente e, por sua vez, regularizar o clube perante os órgãos competentes”.
Cita que a protocolização das Atas na Federação Alagoana de Futebol (FAF) e na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), está amparada pelo ordenamento jurídico. “Em caso de eventuais irregularidades nos órgãos competentes, o CSE sequer poderia participar de competições oficiais”.
A Nota também relata as conquistas obtidas pela atual gestão dentro de campo.