Vinicius  Augusto de Souza Araújo é um juiz negro  do Tribunal de Justiça do estado de Alagoas, (yes!), integrante da Comissão de Direitos Humanos, especificamente, na parte de enfrentamento ao racismo, e Ygor Figueiredo é o juiz coordenador da Infância e Juventude.

E foi na manhã da sexta-feira, 25, que esses importantes e necessários  parceiros do Instituto Raízes de Áfricas, causaram rebuliço na Escola Municipal Padre Pinho, quando foram apresentados:

- É juiz? Juiz de verdade? indagaram curiosos, estudantes.

Sim, representantes do Tribunal de Justiça de Alagoas estiveram na instituição de ensino, para mais um diálogo sobre o racismo no Encontro em  série: ‘Pode Falar A Gente Escuta!’, com o subtema  ‘A Escuta Ativa, como instrumento de  construção de diálogos antirracistas na Escola’, que teve sua abertura oficial, no dia 4 de setembro, na Escola Municipal Padre Pinho, no bairro de Cruz das Almas, Maceió, e reuniu em torno de 700 estudantes.

Com o tema ‘Racismo Recreativo , na  Escola, não é Brincadeira’, o juiz Vinícius Araújo, iniciou a conversa:- Eu passei  a adolescência alisando os cabelos crespos, para não ser motivo de piadas- afirmou

 Racismo Recreativo?

Você sabe o que é isso?

Vinicius confrontou  a invisibilidade do tema, atravessou o silenciamento escolar.

-O racismo não é um tema discutido entre professor@s e alun@s- falaram  estudantes, em uníssono.

Ygor Figueiredo contribuiu com sua vivência, como coordenador da infância e da juventude.

-Estou aqui, porque quero aprender, como também, reafirmar o compromisso com a ação.

-Precisamos criar um Comitê Antirracista e se não pudermos resolver os problemas , internamente, levaremos para as autoridades fora da escola- afirmou Vitor, um dos membros do Coletivo de Estudantes Negr@s e Alad@s.

E aí, meninos e meninas, com a oportunidade criada,  se apossaram da fala ( protagonismo, né?), inteligentemente, ousados, em algumas releituras, e  dialogaram, pactuaram, discutiram uma série de propostas.

E esse primeiro texto é só para dizer que tem muita coisa boa vindo por aí e  toda construção da sexta-feira contou com a cobertura atenta da TV do TJ. ( Obrigada,  jornalista  Mazo pelos anos de parceria) e o apoio da Vãnia Gatto, presidente do Coletivo de Mulheres Negras Periféricas. e o Serviço Social da Escola Padre Pinho.

Foi uma manhã repleta de descobertas, onde a  possibilidades foram dissecadas à exaustão.

Teve até podcast, tipo ‘Pode Falar A Gente Escuta!’

Pode Falar A Gente Escuta!’ idealizado e realizado pelo  Instituto Raízes de Áfricas conta com apoio da Casa da Indústria , Jó Pereira e Prefeitura de Maceió.

Se quiser saber mais, aguarda o próximo texto do blog.

Tá bom?!