Foram meses de silêncio do senador Renan Calheiros, presidente do MDB de Alagoas.

Para não ser lembrado pelo eleitorado de Maceió.

Findadas as eleições, finalmente, ele se manifestou comemorando “a maior vitória de um partido no Brasil”.

Em Alagoas, foram 65 prefeituras conquistadas, a ampla maioria, portanto, ainda que quase todos sejam pequenos municípios, onde impera a figura do cacique político.

E Maceió?

Calheiros reconheceu as dificuldades, e lembrou que já teve “êxitos e reveses” na capital.

Só que se esqueceu de que já se vão praticamente quarenta anos desde que Djalma Falcão foi eleito pelo PMDB prefeito de Maceió.

De lá para cá, foram derrotas em série, começando com o próprio senador, em 1988.

A derrota de agora é para manchar qualquer currículo. 

Alguns chamam de “maldição”. Eu diria que é uma rejeição das brabas, que não dá sinais de que tem cura.  

Interessante é que, na entrevista à Gazeta, ele destacou o “timoneiro Ulysses Guimarães”.

Tudo bem, não tivesse Calheiros abandonado o Senhor Constituinte, na eleição presidencial de 1989, para apoiar Collor, o expoente da direita brasileira de então.