Por enquanto é apenas uma teoria, porém já há quem a comente nos bastidores políticos de Alagoas. Trata-se da possibilidade de uma nova eleição indireta no Estado para o cargo de governador em 2026, semelhante ao que levou o ex-deputado estadual Paulo Dantas (MDB) ao posto de chefe do Executivo pela primeira vez, com a articulação comandada pelo atual presidente do Legislativo, o deputado estadual Marcelo Victor (MDB).

 

Dantas – na época – assumiu o mandato “tampão” e depois concorreu à eleição direta, vencendo os principais adversários políticos do momento: o senador Rodrigo Cunha (Podemos), o ex-senador Fernando Collor de Mello, o ex-prefeito Rui Palmeira (PSD), dentre outros.

 

Desta vez, a teoria é a seguinte: Paulo Dantas pode se desincompatibilizar do cargo – em 2026 – para concorrer a uma das cadeiras da Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal, seja pelo MDB ou pelo PSB, partido que Dantas comanda mesmo sem estar filiado à legenda. É válido lembrar que os “mandatários” do PSB em Alagoas são o secretário de governo Victor Pereira (homem de confiança do governador) e a também secretária estadual Paula Dantas, que é filha do chefe do Executivo estadual.

 

Há também a possibilidade do vice-governador Ronaldo Lessa (PDT) ser convencido a se deixar o posto para ser candidato à Câmara dos Deputados, dentro de uma arrumação política que lhe dê condições de disputa, do ponto de vista da matemática eleitoral e também dos recursos financeiros necessários.

 

Sem Dantas e sem Lessa, mais uma vez a vacância seria a possibilidade do parlamento estadual – mais uma vez com a influência total do bloco político liderado por Marcelo Victor, independente dele ser ou não o presidente da Casa de Tavares Bastos em futuro próximo – eleger, de forma indireta, o futuro governador.

 

Os teóricos desta composição política ainda apontam o deputado estadual Bruno Toledo (MDB) – por sua proximidade com Dantas – como um nome a ser eleito de forma indireta, mas com uma diferença: não seria ele o candidato para a eleição vindoura de 2026. Todavia, o processo garantiria – mais uma vez – o protagonismo do bloco político de Marcelo Victor, o enxadrista que fez de Dantas o governador.

 

Evidentemente, é só uma teoria. Ainda há muita coisa para acontecer até lá. De qualquer forma, não surpreenderia caso se concretizasse. E o que Bruno Toledo ganharia com isso? Uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado.

 

Se o leitor indaga se este blogueiro acredita nisso? Hoje, eu diria que não. Mas, em Alagoas entre o crível e o incrível a distância é pouca...